quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O que faz o corpo que inventa? - Dóris Milchareck



Obras de Lygia Clark.





















O que faz o corpo que inventa? Tema que foi retirado do “livro Arte BR”, porque me remeteu a pensar nas mais variadas formas de ver, sentir e criar a Arte em nosso cotidiano. Portanto, devemos aprender a educar o olhar de ver a Arte na educação escolar. Saber que o corpo é a ferramenta mais importante para inventar e construir a Arte. Na pesquisa foi importante trabalhar com a artista Lygia Clark, porque ela busca trabalhar junto com a Arte, as políticas do corpo. Também foi importante trabalhar com o artista Hélio Oiticica, que inclui o corpo do espectador em sua obra, promovendo a interação corpo e obra. Tanto Hélio Oiticica quanto Lygia Clark, faziam parte do movimento neoconcreto em que se preocupavam com a participação do espectador na obra. Lygia com os seus bichos e objetos “relacionais” e Hélio com seus (parangolés) e performances públicas. O estágio foi realizado com a 6ª série/B do ensino fundamental, com a presença da Profª titular Gisele Boff, na E.E. Langendonck, localizada no município de Maquiné. Composta desde a educação infantil até o ensino médio, num total de 855 alunos. O Projeto de Ensino é sobre o corpo, tem como título “O que faz o corpo que inventa? “O corpo como molde na Arte, como vem sendo representado, como se expressa, suas ações nas obras de Arte, suas interferências nas imagens fragmentadas, desconstruindo aquele padrão dito “normal”. O corpo é o meio estruturante das ações coletivas e transformadoras. A justificativa vem com a necessidade de expandir o conhecimento e quebrar o modelo tradicional, resolvi trabalhar o corpo como molde na Arte. Dentre eles, diversos elementos para composição e configuração dos trabalhos, tendo o corpo como molde. Proporcionando ao aluno a possibilidade de explorar seu próprio corpo na Arte e fazer uma reflexão crítica de suas produções plásticas. Objetivo Geral é que os alunos percebam e reconheçam as formas que compõem o corpo humano, identificando e caracterizando com formas e volumes, as composições das produções plásticas, nas mais variadas formas possíveis e com materiais diversificados. Objetivos específicos foram: Compreender o que é Arte e suas linguagens. Identificar formas e volumes do corpo humano, para produzi-las em moldes de tamanho natural. Promover a interação dos alunos, num trabalho coletivo. Redescobrir o olhar sobre a Arte. Desenvolver a criatividade na composição plástica dos trabalhos. Projetar moldes de algumas formas físicas das partes do corpo de cada um, diferenciando-as no tamanho, nas formas e espessuras. Compreender a importância de se trabalhar amassando argila, descarregando energia e explorando a coordenação motora. A Metodologia é baseada no tema do projeto que foi o corpo, no qual os alunos trabalharam tirando moldes do próprio corpo e de suas partes. Dessa forma foi necessário trabalhar com aulas práticas, dialogadas e expositivas, nas quais os alunos visualizaram diversas imagens das obras da artista Tarsila do Amaral, como a obra “Abapuru”, “A negra” e “Os operários”, que são imagens que mostram poucas formas e volumes do corpo. As conclusões a que cheguei foram que a partir da prática com a 6ª série do Ensino Fundamental, percebi que as aulas de Artes devem ser em primeiro lugar algo prazeroso e significativo. Diante da exigência da proposta do projeto que era trabalhar formas e volumes do corpo, as imagens que lhes mostrei em algumas aulas deixaram a desejar, por não mostrarem formas e volumes, fato que só me dei conta agora analisando os processos e resultados. Ao final do estágio, percebi que os alunos mudaram suas opiniões sobre a Arte, já que em uma das aulas eles próprios revelaram que não imaginavam que poderiam criar e expressar-se com tanta liberdade de expressão nas aulas de Artes. Isso confirma que o estágio foi importante e significativo.

Acesse o trabalho na íntegra:

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